Quando tudo começou
Qual mulher nos dias de hoje não tem uma bolsa como extensão do corpo? Você consegue imaginar isso? Fiel detentora de segredos e intimidades, a bolsa reflete a personalidade da sua dona, transmitindo aquilo que ela deseja aparentar. Mas houve épocas em que as mulheres viviam sem elas.
Não é possível dizer exatamente quando surgiu a bolsa, mas alguns registros históricos nos dão a idéia de que seja tão antiga quanto à própria civilização humana.
Uma das primeiras citações mais antigas sobre bolsa feminina, encontra-se na Bíblia, no livro de Isaías, capítulo 3:16, que diz: “Naquele dia tirará o Senhor os seus enfeites: os anéis dos artelhos, as toucas, os colares em forma de meia-lua, os brincos, os braceletes, os vestidos, os diademas, as cadeias dos artelhos, os cintos, os amuletos, as caixinhas de perfumes, os mantos, os xales, as bolsas, os espelhos, as capinhas de linho e as tiaras. (Essa palavras foram escritas entre os anos de 750 a.C.)
Nas pirâmides do Egito há desenhos que mostram pessoas carregando pequenos sacos presos à cintura, amarrados com cordões, sendo para carregar alimentos, também era levada amarrada a um galho.
A bolsa nasceu da necessidade de carregar objetos indispensáveis as necessidades da época, como moedas, remédios, leques, tabaco, escovas de cabelo, relíquias, livros de oração e pedras preciosas. E também foi na antiguidade que nasceu a crença de que as bolsas femininas guardavam segredos, pois em algumas tribos africanas, acreditava-se que a bolsa da feiticeira continha poderes sobrenaturais que permitiam que ela entrasse em contato com as forças superiores e nenhum homem era capaz de abri-la, porque temia.
Até o fim da Idade Média, as bolsas femininas e masculinas
diferenciavam-se pelo tamanho e ornamentos. As masculinas geralmente eram
maiores e feitas de couro. Usavam o Alforje – era um saco de couro que podia ser usado na cintura, nos
ombros ou na sela dos animais. Existiam também as pochetes, pequenas,
chatas e os sacos que eram levados pendurados até os joelhos.
E por muitos anos, as bolsas foram usadas atadas à cintura de homens e mulheres, tinham o nome de “bolsos”. Os “bolsos” eram confeccionados em diferentes tipos de couro e adquiriram tal importância que eram deixados em testamento para parentes e amigos, usados igualmente por homens e mulheres. Com a quantidade de objetos carregados pelas mulheres em seus “bolsos”, logo se tornou lógica a necessidade de aliviar o problema estético criados pelas protuberâncias e saliências que desfiguravam a silhueta feminina.
Foi então, quando os vestidos passaram a apresentar um contorno marcado no qual não haviam lugares para bolsos carregados de objetos, uma nova bolsa passou a ser usada : A Retícule.
As primeiras foram desenvolvidas para transportar objetos de acordo com a classe social de cada mulher, como lenços de mão, leques, cartas, cartões de visita. Desta maneira tornaram-se indispensáveis na Inglaterra e consideradas “ridicules” (ridículas) na França. Mas com o progresso do século XIX, o termo francês “ridicules” passou a ser denominado “retícule”, termo este que foi usado tanto na França como na Inglaterra a partir de 1912 para designar as bolsas da época.
É somente no século XIX que surge o termo em inglês, handbag, para designar bolsa de mão e referia-se originalmente à bagagem de mão carregada por homens, que serviu de inspiração para produção de novas bolsas. Estas bolsas eram miniaturas das hoje conhecidas malas de viagem e vinham com fechadura, chave e compartimento para a passagem.
No início de 1900, as mulheres começaram a ter uma participação mais ativa na vida diária das famílias. Ainda que muitas das compras fossem entregues e pagas à domicílio, começam a surgir grandes bolsas de couro, conhecidas como “bolsas de compra”. A invenção do automóvel e a facilidade das viagens de trem foram responsáveis pelo surgimento das bolsas de viagem. Feitas de couro, em uma variação das bolsas de compras, estas eram feitas para acompanhar os viajantes e não eram entregues aos carregadores.
O século XX chega então com seus avanços tecnológicos e com ele traz uma infinidade de novos materiais e possibilidades para as bolsas que se tornaram um acessório indispensável ao mundo fashion. Com novos e diferentes modelos surgindo à cada estação, especialmente desenhadas para ocasiões especiais, para específicas horas do dia eram produzidas com material à prova de água, perfeita para os dias chuvosos, bolsas resistentes para a praia, delicadas para eventos noturnos entre muitas outras.
Para o dia se usava bolsas minúsculas, em forma de rede e podiam ser levadas nas mãos ou presas na cintura como um cinto. Geralmente a bolsa era somente um acessório bonito, atraindo a atenção para as mãos e os pulsos delicados, convidando a todos a imaginar o seu conteúdo, sem nenhuma função prática. Carregar bolsas minúsculas indicava que a mulher tinha empregados, qualquer objeto maior seria carregado por uma empregada ou carregador.
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Fontes – https://todamulher.com.br e https://portalsaofrancisco.com.br